D. Afonso Henriques_A Lógica Sem Mistérios

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DOM AFONSO HENRIQUES – A LÓGICA SEM MISTÉRIOS – Edição de 2023

 

 

 

 

 

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OBSERVAÇÃO PRELIMINAR:

Nas discussões sobre o local de nascimento de D. Afonso Henriques, o argumento da “tradição” dos de Guimarães quase têm reduzido as hipóteses à sua terra, esquecendo Coimbra (local defendido por Torcato Soares, Professor Catedrátco-Historiador da Universdade de Coimbra).

Depois apareceu A Almeida Fernandes com bases documentais arrasadoras em prol de Viseu.

Pssoalmente, eu tento rtirar destes estudos e torias e, como síntese lógica, sigo a argumentação de AAlmeida Fernandes.

Mas não aceito Viseu, mas os arredores, já que o menino ia ser confiado a Egas Moniz, para ser criado nas suas imensas possessões do Ribadouro: Lamego, Britiande, Cresconha, Cinfães, Resende…

Assim:

Nos meus livros D AFONSO HENRIQUES – OS MISTÉRIOS E A LÓGICA (2011) e D. AFONSO HENRIQUES – A LÓGICA SEM MISTÉRIOS (2023), ponho de parte Guimarães e Coimbra.

Aceito uma destas localidades, nas proximidades de Viseu:

Gumirães, Fráguas, Britiande.

De facto, D Teresa estava em Viseu no tempo do parto e deveria ir levar o bebé a Britiande à esposa do Aio Egas Moniz, D Teresa Afonso.

Quando o Conde D Henrique faleceu (documentadamente em 1112) o menino tinha 1 ano (na hipótese de ter nascido em 1111), ou 3 anos, na hipótese de 1109.

A mãe, bela e prendada viúva aos 32 anos, ficou livre para se dedicar aos 2 Travas galegos, que queriam para si uma independência galego-portuguesa – portanto um projecto sem e contra os interesses do Filho, o nosso Infante Fundador.

Quando o menino cresceu (18 anos) … teve de ir a Guimarães exigir a sua herança na batalha de S. Mamede, sobretudo porque a mãe já tinha dos Travas pelo menos uma filha.

Isto é: D. Afonso Henriques nem nasceu em Guimarães, nem viveu em Guimarães… nasceu comprovadamente “tolheito das pernas” e o chamado milagre de Cárquere até talvez indique que nem é filho do Conde D Henrique, mas de Egas Moniz.

Observe-se que, se ela sabia do ‘milagre’ de Cárquere, fica ilibada, ainda que só moralmente.

Por mim, estes dados constituem uma rede lógica consistente, como creio demonstrar nesses dois livros-estudos acima citados.

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A nobreza histórico-religiosa da Cidade de Egas Moniz, Cister, Afonso Henriques e D. Sancho I
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ÍNDICE

Introdução Geral

CONTEXTOS GERAIS 
A – A Fundação da Europa 9
C – Estratégias de Defesa 10
D – Portugal, um Projecto europeu cristão 11
E – Pátria, Mito e Sacralização 12
F – Lamego no xadrez portucalense 13

PRIMEIRA PARTE
O garrote muçulmano

2. Mobilização monárquica e monacal 21
3. A Linhagem borgonhesa instala-se na Península 23
4. Envio de apoio militar 26
5. Dinastia de Borgonha de Portugal 26
5.1. Henrique de Borgonha 27
Súmula desta Primeira Parte

SEGUNDA PARTE
A – ESTRUTURAÇÃO DO REINO 

1. Estado da questão 35
2. Por Terras de Egas Moniz e de Afonso Henriques 37
DISTRITO ADMINISTRATIVO DE LAMEGO (1835) 37
3. Residências de Egas Moniz e o seu “criado“ 44
4. A especificidade histórica de Britiande (Lamego) 52
5. Egas Moniz – o Arquitecto do novo Reino 61
6. Egas Moniz e Lamego à frente da Libertação Nacional (1126-1128) 69
8. O Cerco de Guimarães (1127) 76
9. D. Afonso VII e S. Mamede 79
10. Casamento de D. Afonso Henriques (1146) 79
11. A Sorte protege os audazes – “audaces fortuna juvat” 81

B – GUERRA E CRESCIMENTO – APOIOS

1. ­­­­­­APOIO DAS ORDENS RELIGIOSAS 89
1.1. ORDEM DE CLUNY 89
1.2. ORDEM DE CISTER (São Bernardo) 91
1.2.a. Cister e a Idade de Ouro duriense 97
2. APOIOS DOS TEMPLÁRIOS E SANTIAGO 105
3. COLABORADORES INDIVIDUAIS 106
3.1. São Geraldo (de Moissac) (-1108) 106
3.2. D. João Peculiar (1110-1175) 108
3.3. Martim Moniz 109
3.4. Gonçalo Mendes da Maia – o Lidador 111
3.5. O Espadeiro 112
3.6. Geraldo Sem Pavor, o Cid português 113
3.7. Os Judeus – Yahia Ben Yahia, Ministro das Finanças 119
4. OUTROS IMPORTANTES COLABORADORES 121
5. Um País próspero 125
Súmula desta segunda parte

TERCEIRA PARTE
ASSUNTOS POLÉMICOS

A – O NASCIMENTO DE D. AFONSO HENRIQUES
1. Quando nasceu? 135
2. Onde nasceu? 137
3. Fráguas – entre o Cerco (1127) e S. Mamede (1128) 152
3. D. Gouvilde e Gumirães 159
4. Teorias de historiadores acerca do local de nascimento 161
5. Dúvidas pertinentes sobre a paternidade 165

B – PRESENÇA DO SAGRADO E DO MITO
1. O baptismo de Afonso Henriques 172
2. Cárquere – História e Milagre 173
2.1. Cura, Substituição… ou imolação? 175
2.2. Uma análise lógica do ‘milagre’ de Cárquere 178
2.3. Se foi substituído… por quem? 184
2.4. O precedente de Abraão e Isaac 186
2.5. Moriá e Cárquere 190
2.6. A capela de Santo Ildefonso, na ‘quintã’ de Britiande 191

C. A Batalha (e o ‘milagre’) de Ourique
3.1. As motivações, ou a lógica da Guerra 196
3.2. Análise dos factos e circunstâncias 198
3.3. Onde se situa Ourique, afinal? 208
3.4. Itinerários possíveis 210
3.5. O terreno 211
3.6. A batalha 212
3.7. Os locais e os achados históricos 215
3.8. Mais factos probatórios 216
3.9. A continuidade da tradição 216
3.10. A hipótese de uma aliança com D. Afonso VII 219
3.11. O avanço decisivo para a fundação do Reino 219
3.12. Portugal fundado por Direito Divino 220
3.13. Rumo ao mito político-religioso 222
Súmula desta terceira parte

QUARTA PARTE
DOCUMENTOS DA CONSTITUIÇÃO DE PORTUGAL

A – As Cortes de Lamego
A.a. – ACTA DAS CORTES DE LAMEGO (1141) 238
[Primeiras cortes do Reino de Portugal] 238
TRADUÇÃO: 239
A.b. – CORTES DE LAMEGO – Observações lógicas 245

B – A Bula “Manifestis Probatum”
(Karta de Portugal como Estado de Direito, livre e independente) 247
B-1. Processo, secreto, do reconhecimento de Portugal como País 247
B-2. Tradução da Bula “Manifestis Probatum”: 249
C – Testamentos de D. Afonso Henriques 250
C-1. Testamento – latim original 251
C-2. Tradução deste Testamento (1): 252
C-3. Testamento (2) 253
C-3. Tradução deste Testamento (2): 254
C-4. Síntese das vontades testamentárias de D. Afonso Henriques 255

Postulados lógicos
TÁBUA CRONOLÓGICA
BIBLIOGRAFIA GERAL

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Alguns corolários lógicos:

– Ultrapassando a linha de sucessão decretada pelo avô, D. Afonso Henriques foi escolhido pelas instâncias teocráticas para acelerar a Cruzada ibérica ocidental, ajudado por Cister e pelos Cruzados em trânsito de Compostela para a Terra Santa;
– Os milagres (Cárquere, Ourique…) integram-se nas estratégias urgentes da tensão cristã, dinamizadas e centralizadas num só Projecto Europeu, perante a iminência do garrote muçulmano;
– Coerentemente, a Igreja (Roma > Cluny-Cister) deu total apoio (embora subtil) à cisão ibérica, através de poderosas intervenções:

1. a ajuda dos Cruzados;
2. a instalação dos conventos-empresas de Cister (S. Bernardo) nos domínios do Aio (Castelo de Lamego);
3. a implantação das Ordens Militares (o próprio D. Afonso Henriques era Templário);
4. a presença e mediação diplomática do legado do Papa, Guido de Vico, no Tratado de Zamora (1143);
5. a acção de D. João Peculiar e S. Bernardo em Roma;
6. o reconhecimento dos milagres (Cárquere, Ourique…)

– A batalha de Ourique (1139) situa-se no contexto de expansão do castelo de Leiria: deu-se em Chãs de Ourique e foi a primeira tentativa de tomar Santarém (1147) e, logo após (1147), Lisboa;
– Egas Moniz, o Aio, foi o defensor da herança do seu “criado”, contra o unionismo galego dos Travas, as fraquezas de D. Teresa e os direitos hereditários de Castela-Leão;
– A formação da ‘Távola Redonda’ para acautelar os direitos do futuro líder, decorreu à sombra do castelo de Lamego, capital do Ribadouro;
– Logo em 1127, salvou em Guimarães o pupilo da violação dos direitos do primo imperador;
– Partiu do Aio e do castelo de Lamego a mobilização militar da melhor parte de nobreza pela defesa da sucessão em S. Mamede (1128), contra a mãe;
– As Cortes de Lamego (1139-1141), situam-se num contexto de risco fatal, logicamente sigiloso, entre Ourique e Zamora, sendo a Assembleia Constituinte do Reino Português na clandestinidade.
– Estas estratégias convergiram na independência e consagração do Rei e do Reino, em 1179. Portugal é o primeiro país formalmente constituído na Europa!

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Dom Afonso Henriques

[Poema: MENSAGEM Música: Altino M Cardoso in: MÚSICAS (44) PARA A MENSAGEM de Fernando Pessoa]

Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força! (bis)

Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infiéis vençam,
A bênção como espada,
A espada como bênção!
(A espada como bênção!)

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Rimance do Milagre de Cárquere (42)  [L e M: AMC]

1.Egas Moniz só pedia
À virgem Sta Maria
Um milagre divino:
Que as santas almas eternas
Viessem curar as pernas
Do seu querido menino.

Muitas rezas e novenas
Conseguiram apenas
Matar a esperança:
Pois se a terra não sabia
Também o céu não queria
Curar essa criança.

2. Deram ao principezinho
Uma cura pelo vinho
Ainda a ferver no lagar…
Mas o mosto milagroso
Não foi todo poderoso
Para o menino curar.

Mas o Aio era teimoso
E também muito engenhoso
A encontrar a solução:
Depois de muito rezar
Começou a imaginar
Arranjar substituição.

3. No altar de Cárquere o poisou
E em segredo o trocou
Pelo seu filho mais novo…
Como o menino tolheito
Já estava escorreito,
É um milagre para o povo.

O verdadeiro Afonsinho
Tomou o caminho
Do esquecimento:
Ou na campa rasa e chã
Da capela da Quintã,
Ou fechado num convento.

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Edição de 2011
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