CANTARES dos Estudantes de Coimbra

REF: Som mp3_CE Categorias: , ,

Descrição

Acessos: 1253

__________________________________________________________________________________________________________________

CANTARES

DOS ESTUDANTES DE COIMBRA

__________________________________________________________________________________________

SAUDADE…

          EM COIMBRA RIMA COM ETERNIDADE

A “nossa velhota” fez 135 aninhos!

Sempre viva, e luminosa, e reguila!…

Fomos lá partilhar aquele Abraço

velhinho e doce…

desejar-lhe, para já, mais 135 anos…

E fazer-lhe uma mimosa serenata de amor…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

__________________________________________________________________________________________________________

Meu amor vem sobre as ondas  – Letra e música: Carlos Figueiredo | Arranjo: Altino M Cardoso

ONDAS DO MAR

Meu amor vem sobre as ondas
Meu amor vem sobre o mar [bis]
Ai quem me dera morrer
Nas águas do teu olhar! [bis]

Meu amor vem sobre as ondas
Meu amor vem sobre o mar…

Dos meus olhos meu amor
Nascem as ondas do mar…
Lágrimas tristes que choro
Saudades do teu olhar!…

Meu amor vem sobre as ondas
Meu amor vem sobre o mar…

________________________________

 À MEIA-NOITE, AO LUAR… (Estudantina – arranjo colectivo on-line)

https://fb.watch/jck-eQGFoZ/

__________________________________

FADO HILÁRIO

_______________

COIMBRA TEM MAIS ENCANTO NA HORA DA DESPEDIDA… 1 (Arranjo: Altino M Cardoso)

COIMBRA TEM MAIS ENCANTO NA HORA DA DESPEDIDA…  2 (Arranjo da Quarentuna)

____________________________________________________________________________

 

O livro CANTARES DOS ESTUDANTES DE COIMBRA não é uma usual colectânea de Fados de Coimbra, mas uma selecção poético-musical (com 300 pgs e 218 canções), tentando recordar algo do espírito da vida académica:
– a Queima, as Latadas, as Repúblicas, o Futebol (Briosa), as Serenatas, a AAC e os OA (organismos autónomos), os Convívios e algumas Brejeirices…

As pautas são enriquecidas com cifras e letras. Neste website apresenta-se o som em mp3 com arranjos exclusivos – que no site não podem exceder 2MB, o que, em algumas músicas mais longas ou trabalhadas, obriga a recorrer a artifícios e, pior, a reduzir recursos na harmonização, para não ultrapassar esse limite.

Altino M Cardoso é antigo aluno da Universidade (1964-1969), tocou violino na Tuna e nos Tangos, além de bândola e bandoloncelo no Ensemble de Plectro Carlos Seixas do Prof Tobias Cardoso, desde o momento da criação até ao Prémio Europeu de Neerpelt-Bélgica (Festival de Música da Juventude – e depois até aos Estados Unidos e Japão.

AMC desenvolveu na Tuna e (sem continuidade) no Conservatório, com o prof Tobias Cardoso, o seu gosto para a música já iniciado em Vila Real nos primeiros estudos com o P. Minhava, tornando-se um musicólogo com vasta Obra publicada, de que se destaca o monumental GRANDE CANCIONEIRO DO ALTO DOURO, com 1.150 cantigas, em 3 vols, num total de 1.920 págs – com letras, músicas e um abrangente estudo histórico-literário, em que são expostas as raízes galego-portuguesas (vol. I) da nossa melhor música tradicional e ainda alguns contextos culturais europeus (vol. III).

Os CANTARES DS ESTUDANTES DE COIMBRA estão distribuídos por oito temáticas:
A. Solenidades (Hinos académicos, peças eruditas…)
B. Fados e Serenatas de Coimbra
C. Cantares de Convívio
D. Hinos e Cantares das Repúblicas
E. Cantares da Rua (Latadas, Grelo, Queima, Formatura…)
G. Cantares Brejeiros
H. Cantares Internacionais académicos.
— Numa época em que as tradições têm tendência para se volatizarem, esta colectânea procura preservar algo da Alma original e Imaterial da vetusta Universidade que D. Dinis – “o criador das naus a haver” – criou e acarinhou.

__________________________

EXEMPLOS

Balada de Despedida – Ano Jurídico  1988-989

Sentes que um tempo acabou,
Primavera de flor adormecida,
Qualquer coisa que não volta, que voou
Que foi um rio, um ar, na tua vida…
E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.
Refrão:
Capa negra de saudade, no momento da partida…
Segredos desta cidade levo comigo prá vida… (bis)
Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar
E levas em ti guardado
o choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

______________________________________

Gaudeamus igitur – Hino Internacional dos Estudantes (Arranjo: Altino M Cardoso)

Gaudeamus igitur
Juvenes dum sumus
Post jucundam juventutem
Post molestam senectutem
Nos habebit humus.
(…)
Vivat academia!
Vivant professores!
Vivat membrum quodlibet
Vivant membra quaelibet
Semper sint in flore. (.,..)
TRADUÇÃO:
Alegremo-nos, portanto, Enquanto somos jovens. Depois de uma juventude prazenteira, Depois de uma velhice condenada, A terra é que nos vai possuir. (…)
Viva a academia! Vivam os professores! Viva qualquer membro! Vivam todos os membros! Estejam sempre em flor! (…)

_______________________

DESGARRADA DO POLYBIO E DO ABEL POÇAS (Harm Altino M Cardoso)

P – Nossa Senhora das Dores Perdoai-me que vos diga: (bis)
Ajudai o doutor Poças A encolher a barriga. (bis)
A – Ó doutor, sua cantiga Não tem assim tanto jeito:
Isto em mim não é barriga É afinal o meu peito
– Não creio que seja o peito Antes talvez o pescoço,
Ou então inda não fez A digestão do almoço…
– Não é pelo que comi Que a barriga me cai:
Pois o almoço e o jantar E até a ceia já lá vai.
– Quando ouvi o doutor Poças A fazer a rima em ai
Julguei que ia confessar Que estava para ser pai.
– Vede agora e reparai Como o doutor prá qui vem:
Se eu tivesse que o ser Eu só podia ser mãe.
– Com esse corpo roliço Com esses ares de baiana
Vai decerto ter bom parto Não fará cesariana.
– Isso que lhe deu na gana Ai ai ai que me faz rir!
Pois o que tenho cá dentro Tem bem por onde sair!
– Ouvindo-o gritar assim Até de rir me farto
Com tanto ai ai julguei Já serem as dores do parto
– Eu não tenho dores de parto Embora eu possa cantar
Nem isso nunca supus Mesmo até ao sol nascer
– Descanse meu bom Doutor Concordo em acabar
Que eu não quero dar à luz Não o quero aborrecer
– Que grande desequilíbrio Oh Dr. não se aborreça
Que me faz morrer de pena Porque eu tenho paciência
– Ver aquele homem tão grande Té lhe vou dar um abraço
Com uma gaita tão pequena Parabéns p´la resistência
– Com a minha voz serena É grande a benevolência
Ao cavaquinho não falto E eu daqui já não passo
– Esta gaita é bem pequena Vamos terminar com honra
Mas ela toca bem alto Ao lembrar a madrugada
Que se está a aproximar Parece querer recordar
Que são horas de acabar Venha de lá esse abraço!

____________________________________

[O] [tem bolinha!]  Ti Zé das barbas brancas  (CONVÍVIO)   (Harm Altino M Cardoso)

Ó Ti Zé das barbas brancas (então, que há?)
Você anda enganado (então, porquê?)
A mulher que você leva (o que é que tem?)
Tem a cona atravessada!!…
Ora porra isso assim não pode ser!!
Vá pró caralho!! Vá-se foder!!
Ora porra, isso assim nunca se viu!!
Vá bardamerda, vá prá puta que o pariu!!
Pum! pum!
Vá bardamerda, vá prá puta que o pariu!!… (bis)

______________________________

Coimbra tem mais encanto (FADO)  (Harm Altino M Cardoso)

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que lhe dá vida!…
– Quem me dera estar contente,
Enganar a minha dor
Mas a saudade não mente
Se é verdadeiro o amor!
– Não me tentes enganar
Com a tua formosura
Pois, para além do luar,
Há sempre uma noite escura…

______________________________

Fado corrido (ou Vira) de Coimbra (TRAD)  (Harm Altino M Cardoso)

Dizem que amor de estudante (bis)
Não dura mais que uma hora (bis)
Só o meu é tão velhinho (bis)
Inda se não foi embora. (bis)

Coimbra pra ser Coimbra
Três coisas há-de contar
Guitarras, tricanas lindas,
Capas negras a adejar…

Ó Portugal trovador
Ó Portugal das cantigas
A dançar tu dás a roda
A roda co’as raparigas

“Tristezas têm-nas os montes,
Tristezas têm-nas o Céu,
Tristezas têm-nas as fontes,
Tristezas tenho-as eu!

O choupo magro e velhinho,
Corcundinha, todo aos nós,
És tal qual meu Avôzinho:
Falta-te apenas a voz.

A sereia é muito arisca,
Pescador, que estás ao Sol:
Não cai, tolinho, a essa isca …
Só pondo uma flor no anzol!

A Lua é a hóstia branquinha,
Onde está Nosso Senhor:
É duma certa farinha
Que não apanha bolor.

Meninas, lindas meninas !
Qual de vós é o meu ideal ?
Meninas, lindas meninas
Do Reino de Portugal !

Minha capa vos acoite,
Que é p’ra vos agasalhar;
Se por fora é cor de noite,
Por dentro é cor do luar …

Vou encher a bilha e trago-a
Vazia como a levei !
Mondego, que é da tua água
Que é dos prantos que chorei?

Ó quem me dera abraçar-te,
Contra o peito assim, assim,
Levar-me a morte e levar-te
Toda abraçadinha a mim.

A cabra da velha Torre,
Meu amor, chama por mim;
Quando um estudante morre,
Os sinos chamam, assim…

Ó sinos de Santa Clara,
Por quem dobrais, quem morreu ?
Ah, foi-se a mais linda cara
Que houve debaixo do Céu!

_______________________________

Lá longe, ao cair da tarde… (FADO)  (Harm Altino M Cardoso)

1Lá longe…. ao cair da tarde…
Vejo as nuvens de oiro, que são os teus cabelos… (bis)
Fico mudo ao vê-los… são o meu tesoiro…
Lá longe… ao cair da tarde….
2Lá longe… ao cair da tarde,
Quando a Saudade se esvai ao sol poente (bis)
Como canção dolente de uma mocidade,
Lá longe… ao cair da tarde…

__________________________________

Passam-se noites inteiras… (FADO)    (Harm Altino M Cardoso)

Passam-se noites inteiras Sem que eu me possa deitar
A Lua já tem olheiras De tanto me alumiar…
Já o luar de mansinho No vento reza de dor
Anda a pintar de branquinho A casa do meu amor…
Quem me dera que voltassem  Os doces tempos de além
Em que eu sentado à lareira  Ouvi rezar minha Mãe…

_________________________

Fecha os olhos de mansinho  (FADO)    Harm Altino M Cardoso

Fecha os olhos de mansinho Não os abras para ver
Que a vida de olhos fechados Custa menos a viver.
Os teus olhos são tão lindos Que me lembram não sei bem
Se a Mãe de Nosso Senhor Se e a minha Mãe que Deus tem…

________________________

À meia-noite, ao luar… (FADO)    Versão 1 (instrumental): Harm Altino M Cardoso

1.À meia noite ao luar
Vai pelas ruas a cantar
O boémio sonhador (bis)
E a recatada donzela
De mansinho abre a janela
À doce canção de amor…
Refrão:
Ai como é belo
À luz da Lua
Ouvir-se um fado em plena rua
E um cantador
Apaixonado
Trinando as cordas a cantar o fado
2.Dão as doze badaladas
E ao ouvir-se as guitarradas
Surge o luar que é de prata
E a recatada donzela
De mansinho abre a janela
Vem ouvir a serenata…

___________________________

À meia-noite, ao luar… (FADO)    Versão 2 (Estudantina – várias gerações)

___________________________

Ó Laurinda, ó Laurinda (TRAD Cortejos)  Harm Altino M Cardoso

Ó Laurinda, ó Laurinda, Não vale a pena chorar! (bis)
Tu sabias, ó Laurinda, Que eu ia pra militar… (…)
Que eu ia pra militar, Que eu ia pró regimento
Ó Laurinda, ó Laurinda, Não me sais do pensamento.
Não me sais do pensamento, Não me sais do coração
Ó Laurinda, ó Laurinda, Vou pedir a tua mão.
Vou pedir a tua mão, Da meia noite prá uma:
Ó Laurinda, ó Laurinda, eu não quero mais nenhuma!

_________________________

Mitó tinha uma gaita (TRAD Cortejos)  Harm Altino M Cardoso

Mitó tinha uma gaita De um buraquinho só
E a malta lhe pedia: Toca na gaita ó Mitó tinha uma gaita
De um buraquinho só
E a malta lhe pedia: Toca na gaita ó Mitó tinha uma gaita……

____________________________

AMEN (Berlioz – Da Ópera A DANAÇÃO DO FAUSTO) (vozes)  Escrita: Altino M Cardoso

Palavra única (letra): AMEN  (vozes de máquina)

_______________________

Javalização no Adamo (Almoço de Amigos – menu: Javali caçado pelo ultra-tuno Adamo)  M e Letra: Altino M Cardoso

1. O telefone tocou…
Era o Adamo a gente a chamar
E o grande Altino exultou
Com água na boca pra javalizar.
Refrão:
Adamo, meu bom Adamo,
do teu Val’ de Flores chamaste, aqui stou.
E contente a malta sorri
a ferrar o dente (nhack! nhack!)
no ‘já vai ali…!’
2. Javali ou “já vai ali”
leva-nos aos tempos da Universidade
Pois essa carne tenrinha
adoça a boquinha da nossa Saudade! (…)

__________________________

MANCHA NEGRA – Sabes que nunca estarás só!…  (Recolha e escrita: Altino M Cardoso)

– Sabes que nunca estarás só, Na primeira ou segunda divisão:
Porque tu és a BRIOSA, O orgulho do nosso coração!
– Volta a jogar briosamente! Nós queremos que fiques na primeira!
E por ti vamos cantar! E jamais nós te iremos deixar!
– Somos a claque de Coimbra E viemos para te ver vencer!
Nosso nome é MANCHA NEGRA Tu BRIOSA, BRIOSA até morrer!…

___________________________

Coro dos Marinheiros (Puccini – da Ópera Mme Buterfly) (vozes de máquina+piano)

Sem letra – boca fechada

_______________________________________________________________________________