Em 2-5-2022 o Grémio Literário apresentou textos comemorativos do I Centenário da Diocese nas páginas do nº 76 da Revista TELLUS, com a presença do Director, Dr AM Pires Cabral, o editor Elísio Amaral Neves e sob os auspícios da Câmara M de Vila Real, representada pela sua Vereadora da Cultura, a Drª Mara Minhava.
É grandiosa a Obra humana e cultural que os seminários têm doado à sociedade.
O Seminário de Vila Real deu a mão a milhares de jovens, que, regularmente, ainda hoje se aproximam da raiz, gratos por aí poderem reviver a dádiva da amizade partilhada em muitas décadas de formação e convívio.
A gratidão nunca prescreve.
No Seminário de Vila Real, além do ensino da Religião, da Ciência e da Cultura, deve ser enaltecida a Música e o seu grande impulsionador: o Padre Minhava.
Pela mão do querido Maestro alguns alunos criaram melodias ainda hoje na memória de todos e que é honroso e gratificante divulgar.
O seu/nosso Orfeon atingiu um excelente nível académico e divulgava um leque de composições que iam do popular e regional (português e também internacional) ao repertório coral operático, de Haendel, Verdi, Schubert…
Marcha de Vila Real (M e L: Mons Ângelo C Minhava | Harm Altino M Cardoso)
1.Ornada de tantas galas
Oh abram alas
Uma princesa
É filha de um rei troveiro
Sonho primeiro
D’áurea beleza
O nome cheio de encanto
Que eu amo tanto
Também o diz
Real d’aspecto e de graça
A sorrir para quem passa
A filha de D.Dinis.
Coro:
Vila Real, oh que linda és
Tens o Corgo aos pés, em adoração
Vila Real, como és gentil
Canta-te o Cabril, beija-te o Marão.
2.Teus filhos, linda princesa
Tua nobreza
Sempre te herdaram
E nos campos de batalha
Nunca à metralha
Costas voltaram
É ver o bravo Araújo
E aquele marujo
Diogo Cão
Pelotas e Alves Roçadas
Brandiram suas espadas
A lutar por teu brasão!
3.À tua sombra descansa
Deposta a lança
Bravo Espadeiro
Ai guardas em um jazigo
O grande amigo
Do rei primeiro
A tua santa madrinha
Foi a rainha
Santa imortal
Que, num sorriso de amor
Te converteu numa flor
Do jardim de Portugal
VILA REAL ! VILA REAL !! VILA REAL !!!…
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Marcha de Montalegre (M e L: Mons Ângelo C Minhava | Harm Altino M Cardoso)
Ai! Não há gente
Mais valente e prazenteira
Do que esta cá da fronteira
Do Norte de Portugal!
Nem tão alegre
Como a tua, ò Montalegre,
Gente forte cá do Norte,
Que nada teme, afinal!
É Montalegre o meu suave cantinho,
Chamem-lhe embora os outros “Terra Fria”;
Alegre e quente e sempre a paz de um ninho,
E Montalegre é a terra da alegria.
Guarda avançada desta Lusa Terra,
Do teu castelo, eu vejo nas ameias,
Igual àquele que me reflui nas veias,
Sangue de heróis, vertido em tanta guerra!
O teu castelo,
Quando a noite o luar
Vem do céu p’ra o beijar,
Gosto vê-lo:
Lembra um guerreiro,
Desses tempos de então,
A quem o coração,
Fez prisioneiro
Destas alturas,
Desta terra sem par,
Que também sabe amar.
Mesmo entre agruras;
E então eu creio,
Vendo-o tão belo,
Que és tu a fada
Enamorada
Do castelo!
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Marcha de Sabrosa (M: Mons Ângelo C Minhava | Letra: António Cabral | Harm Altino M Cardoso)
Viva! Viva! Viva Sabrosa!
Entre as vilas, a mais ditosa!
1. Sabrosa, linda, nasceu
no regaço de altos montes,
aconchegadinha ao céu,
que lhe abriu (que lhe abriu) os horizontes.
Foi um dia ver o Douro,
veio o sol mais luar,
encheram-lhe os olhos de ouro,
ficou assim a cantar:
O mundo e o céu
juntei-os eu,
flores e estrelas no meu abraço
e o sol amigo
casou comigo
na igreja linda do azul do espaço…
Refrão:
Rica e formosa
e donairosa,
cheia de sonhos nasci assim…
E o sonho lindo
da Volta ao Mundo
de Magalhães nasceu de mim!…
2. Sabrosa, terra de encanto,
corações a palpitar…
cada lar é fogo santo,
linda terra, (linda terra,) lindo altar!…
Sagrou-te Deus em beleza,
em virtude e galhardia,
Sabrosa não há tristeza
e canta assim dia a dia:
(ao Refrão)
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Marcha SAUDADES DE AMARANTE – (L e M: Monsenhor Ângelo C Minhava | Harmon Altino M Cardoso)
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Marcha de Vila Pouca (L e M: Henrique | Harm.: Altino M Cardoso)
1.Em graça e singeleza
Tu és a Princesa
De entre as terras de Aguiar!
Gaiata e sorridente
Tens p’ra toda a gente
Um sorriso em cada lar.
Não sei donde vieste
Ou se renasceste
Da romana Urbe, não sei,
Mas dizem Tradições
Que és terra de Heróis
E berço de nobre Grei!
Refrão:
Ó Vila Pouca
Terra sem par!
A minha boca
Já anda rouca
De te cantar!
“Tao pequenina!”
Ouço dizer
Mas diz-te a sina
Que, se és menina,
Serás mulher!
2.A rir, de lés a lés
Abre-se a teus pés
Esse Vale verdejante
De lado, o Roxo e o Facho
Olham pra baixo
De atalaia vigilante
Ao longe, o teu Castelo
Como já foi belo
Quando com ele casaste!
E o Corgo todo escolhos
Nasceu nos teus olhos
Das lágrimas que choraste!
3.Teus ricos pergaminhos
Ah! já tão velhinhos!
Custaram Sangue e Valor
Não há mais alta glória
Que a de ter na História
Um Ilustre Imperador
E Almeida – o Decepado
Também é contado
Entre os nobres Filhos teus
Outrora gloriosa
Hoje tão formosa
Foi assim que te quis Deus!
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Amor à beira Douro (L e M: Altino M Cardoso)
1. A janela do meu quarto
é uma janela encantada,
dela vejo o rio Douro
de água linda, tão linda, dourada…
Meu amor é marinheiro
quando passa a navegar,
fico a vê-lo do meu quarto
a acenar… a acenar… a acenar…
REFRÃO:
La vai água abaixo
o meu coração
em doce ilusão,
contente a boiar,
porque o meu amor
vai nas loiras águas,
vai cheio de mágoas
quero-o consolar..
lá, lá, lá, lá, lá ………
2. Rio Douro, rio Douro,
Douro do meu coração,
que me levas meu amor
embalado na tua canção…
Águas loiras a sorrir
e rabelos a passar…
– são encantos e saudades
que me fazem sorrir e sonhar…
Ao REFRÃO
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Barcarola missionária (L e M – Altino M. Cardoso)
Parte I
A. Na praia há olhos chorando, mãos erguidas a rezar… e a caravela singrando ao som das ondas do mar.
Andorinhas pelos céus vêm repetir junto ao cais o longo, o último adeus, para talvez nunca mais…
– A caravela voga lá longe por sobre o mar…
São Missionários os que vão nela, Vão a rezar… Dentro do peito No coração Levam Jesus
Num sonho feito Da imensidão De uma cruz…
B. Santa velhinha ajoelhada reza em silêncio na areia, De choro a face banhada, De débil pranto a voz cheia…
Ora ao Senhor por seu filho que vai lá longe, no mar Um sonho de imenso brilho Nas trevas realizar…
– A caravela… etc.
– Chorosa, a voz do sertão Chama por eles além, Numa tão triste oração Que os faz chorar também… Bis e (B.F.)
Durante a (B.F.): declamação:
– O Missionário vai, num sonho como os céus, Levar Jesus as almas com ardor intenso…
Deixou a mãe e tudo! Deu a vida a Deus, Deu-lhe o seu coração ardente, e puro, e imenso… (Com mais ardor:)
Mas há-de ver sorrir, em rosas e perfume, A sua vida aberta num ideal assim.
E, quando aos doces passos Deus tirar o lume, O seu sonho final será de Amor… sem fim!…
Parte II
A-Todos os dias na areia Um vulto a ajoelhar De mansinho, a maré cheia Seu manto vinha beijar…
Era a velhinha, saudosa Do filho que além andava, Que perguntava, chorosa, Ao mar se ele voltava…
-Lá longe, longe, A caravela Fora ancorar. Os Missionários saíram dela p’ra missionar…
Dentro do peito No coração, Levam Jesus Num sonho feito Da imensidão De uma cruz…
-Um dia triste, porém, O vulto não apareceu… Essa terna e santa mãe Tinha voado ao céu…
Há tanto o filho querido Desejava um beijo seu! Deus concedeu-lhe o pedido — Juntou-lhe os lábios no céu.
-Oh! Missionários! Oh! Missionários! Morte de encanto! Oh! Missionários, A vossa morte Eu amo-a tanto!
— Dentro do peito, No coração Levar Jesus Num sonho feito Da imensidão De uma Cruz!…
-Bendita a voz do sertão Que assim arrasta p’ra Deus, Bendita a vos da oração Que assim comove os céus!…bis (B.F.) sem declamação.
PRECE FINAL Solo de tiple (Oração do seminarista missionário)
Senhor: Somos teus filhos queridos Felizes e recolhidos À sombra do teu Sacrário…
Senhor: Mas há teus filhos que não Não têm a paz, a unção Não têm um missionário!
Senhor: Somos teus filhos queridos, Nos teus joelhos erguidos À Mesa da Comunhão,
Senhor: Dá aos teus filhos pretinhos Nossos qu’ridos irmãozinhos, O doce nome: “CRISTÃO”.
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Hino da Diocese de Vila Real (L – D. Joaquim | M Cónego A Santos | Harm Altino M Cardoso) [Bodas de Diam do SVR 1995]
Por estes montes, terra quente e fria, marchamos sempre, povo do Deserto,
da luz prá luz, em longa travessia, de vida em vida e coração aberto.
Da luz prá luz, em longa travessia, de vida em vida e coração aberto!
Novo Israel em marcha pelos montes, Vila Real Amen, Vila Real Amen. Aleluia!
Refrão:
Hossana! Hossana! O Povo do Senhor!
Eu te saúdo luz do Mundo Novo, novo Israel em marcha pelo Mundo!
Vila Real, Vila Real! Amen! Aleluia! Aleluia!
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Coro dos Marinheiros (Puccini – da Ópera Mme Buterfly)
(BF – vozes de máquina)
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Asas brancas (Poema: A Garrett – M: P Minhava | Harm Altino M Cardoso)
Eu tinha umas asas brancas, Asas que um anjo me deu, Que, em me eu cansando da terra, Batia-as, voava ao céu.
-Eram brancas, brancas, brancas, Como as do anjo que m’as deu: Eu inocente como elas, Por isso voava ao céu.
Veio a cobiça da terra, Vinha para me tentar; Por seus montes de tesouros Minhas asas não quis dar.
-Veio a ambição, co’as grandezas, Vinham para mas cortar, Davam-me poder e glória; Por nenhum preço as quis dar.
Porque as minhas asas brancas, Asas que um anjo me deu, Em me eu cansando da terra, Batia-as, voava ao céu.
Mas uma noite sem lua Que eu contemplava as estrelas, E já suspenso da terra, Ia voar para elas,
-Deixei descair os olhos Do céu alto e das estrelas… Vi entre a névoa da terra, Outra luz mais bela que elas.
E as minhas asas brancas, Asas que um anjo me deu, Para a terra me pesavam, Já não se erguiam ao céu.
Cegou-me essa luz funesta De enfeitiçados amores… Fatal amor, negra hora Foi aquela hora de dores!
-Tudo perdi nessa hora Que provei nos seus amores O doce fel do deleite, O acre prazer das dores.
E as minhas asas brancas, Asas que um anjo me deu, Pena a pena me caíram… Nunca mais voei ao céu.
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Corridinho nº 4 (M Melo Júnior L P Minhava | Harm Altino M Cardoso)
‘Stá tudo dito! Não é bonito cantar em coro sem meter um corridinho!
vale uma aposta se alguém não gosta de ouvi-lo agora mesmo assim em desalinho! (bis)
O corridinho esta moda singular é daquém e dalém mar, é daquém e dalém Marão
o corridinho dirá alguém “não vale nada!” porém toda a pequenada gosta dele até mais não! (bis)
E nós os homens barbados, valha a verdade desapaixonada,
gostamos do corridinho, porque é bonito e não custa nada!
[versão original: somos por ele tão pelados como os pequenos pela marmelada!] (bis)
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Hino da Academia Missionária (L e M Altino M Cardoso)
Como arautos de Cristo na Terra, nosso lema nos chama às missões
vamos pois missionar, fazer guerra, convertendo e unindo as nações!
De ideais sempre unidos no esforço lutaremos por Cristo Jesus
e o Mundo enfim será nosso, onde quer que se erga uma Cruz!
REFRÃO:
Em nossos corações há brados de alegria, Vivamos as Missões na voz da Academia!
Ela nos pede amor, trabalho e oração, esp’rança no Senhor e afecto à vocação.
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Hino do Batalhão 947 do Zé H C Ferrador (M – P Minhava | Harm Altino M Cardoso)
Tá, tá, tá, tá, tá….
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O rouxinol adormeceu (Tadicional | Harm Altino M Cardoso)
O rouxinol adormeceu, caíu ao rio, logo morreu…
Ó rouxinol, que é da tua serenata?
Deixa as águas cor de prata,
Voa ao céu!…
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Saudades do Céu (L – Guilherme Braga | M D Magalhães | Harm Altino M Cardoso) In: “Seminário de Diamante”
Ó Mãe, quem semeou tantas estrelas
nesse abismo que estás a contemplar?
Quem deu às ondas, que me inspiram medo,
As pérolas que tens no teu colar ?
Seria aquele Deus cujos decretos
Nos roubaram meu pai e meus irmãos,
E para quem de joelhos sobre o leito
Ergo ao deitar-me as pequeninas mãos ?
“Foi esse, foi ! Vê tu como ele é grande,
Que tantos astros espalhou nos céus !
Que tantas jóias escondeu nos mares !
Vê tu como ele é grande, aquele Deus !”
Ó mãe, que linda noite ! Em noites destas
Eu sinto os anjos sobre mim passar :
Quem me dera também as asas puras
Que os voos sustentam pelo ar !
– Estremeceu a mãe. Depois, convulsa,
Ao palpitante seio o filho uniu;
Rebentaram-lhe as lágrimas dos olhos,
E o menino a cismar nem mesmo as viu.
Nessa noite, ao deitar-se, o belo infante
Ergueu de novo as pequeninas mãos,
Mas quando o sol lhe penetrou no quarto,
Tinha partido em busca dos irmãos !
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Hino do Seminário de Vila Real (L – António Cabral | M – A Matos | Harm Altino M Cardoso) In: “Seminário de Diamante”
É um jardim o seminário, nós botões abrindo em flor, o sol brilhante é o sacrário donde vem luz e calor
Pôs-nos Deus dentro do peito braseiros de fé intensa, Eia! ceifeiros de Deus, olhai a seara imensa!
REFRÃO: Agora no estudo a força é Jesus, Ele em nós é tudo, Ele é a nossa luz,
Depois, vida além, Ele o Sol Maior far-nos-á também outros sóis de Amor.
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Hino dos Bispos (Alter Christus) (L António Cabral | M A Matos Harm Altino M Cardoso). In: “Seminário de Diamante”
Eia, todos! cantemos a vida, celebremos o anseio de amor
de um prelado que amou sem medida, que se deu e se fez Bom Pastor.
Imolou as delícias do mundo e os encantos da terra natal,
Fez-se luz de um anseio profundo, fez-se nosso, e ele é teu, Vila Real!
“Alter Christus”, vem de Cristo o teu amor, porque és nosso vai de nós um grande amor
Bom Prelado, este Povo é todo teu, dá-lhe a bênção, que por ti nos vem do céu! (bis)
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Sê benvinda à nossa terra (L e M: D Magalhães | Harm Altino M Cardoso). In: “Seminário de Diamante”
Sê benvinda à nossa terra, quem nos dera dar-te prendas de valor!
Nada temos ante o céu – ele é teu… – mas damos-te o nosso amor.
Avé Maria Avé Maria Avé Maria Avé Maria.
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Galarispo – Ó ai, ó linda (Adapt de “Ó oliveira da Serra” Harm Altino M Cardoso). In: “Seminário de Diamante”
Mimada pelo Zé da Quinta uma galinha pôs ovo (bis)
ó ai, ó linda! nasceu um pinto da pinta,
ó ai, ó linda! que alvoroçou todo o povo! bis)
Mesmo com farta estalada, o pinto era macaco
ó ai, ó linda! queria ser um super-galo
ó ai, ó linda! mas era um galito fraco!
Como rir é bom remédio, houve risota no prédio
ó ai, ó linda! porque aquele galarispo,
ó ai, ó linda! queria ter crista de bispo1
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Ora viva a malta (Popular | Harm Altino M Cardoso). In: “Seminário de Diamante”
1.Ora viva a malta! Viva o pagode!
Ora viva a malta que já tem bigode,
que já tem bigode, que já tem bigode! (bis)
Refrão:
Agora é que é, toca a folgar, toca a rir,
Venha cá pró nosso rancho quem se quiser divertir! (bis)
2.Ora viva a malta! Ora viva lá!
Com’esta malta já não há, não há!
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Hino do papa Farriota (Altino Moreira Cardoso In: “Seminário de Diamante”