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HEITORZINHO DE LOUREIRO – PAIXÃO E SANTIDADE
O drama – em 3 actos – procura encontrar resposta para um caso de santidade popular, ainda hoje sentida e vivida em Loureiro-Régua:
– Por que razão um jovem, de lídima nobreza duriense, rico e com futuro garantido, abandona o curso de Direito em Coimbra para se entregar à penitência e à ascese numa capela da montanha?
Na construção da matéria dramática, o autor (natural de Loureiro) opta por ultrapassar os problemas académicos e criminais (fuga à prisão por influência familiar) provocados por más companhias e vividos com os archeiros (guardas) da Universidade e apresentar como causa lógica um discreto ‘amor de perdição’:
Heitor estuda em Coimbra e apaixona-se por uma uma criadita da família, órfã e sem futuro. A família encerra-a num convento e ele afasta-se do mundo, no desespero de procurar uma resposta em Deus.
Dedicou-se à oração e à ascese, sobretudo na capelinha de St António de Loureiro, onde ainda hoje os fiéis procuram a sua intervenção junto de Deus, com promessas e ex-votos. Faleceu na Quinta de Loureiro.
Na capa do livro:
Quinta da Gervide (do Santíssimo), em Loureiro-Régua, onde Heitor nasceu e viveu os primeiros anos, antes de Coimbra.
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Hino do Justo Heitorzinho (400CPR pg 311 – Autor: Altino M. Cardoso)
Em Loureiro nasceu o Heitorzinho
De família abastada e mui nobre
Mas em moço encontrou o Caminho,
A Verdade e uma Vida de pobre;
E assim conseguiu neste mundo
Viver sempre os mistérios da Cruz…
Mesmo a morte é um sono profundo
Lá no céu, junto ao Pai e a Jesus.
Refrão:
Justo Heitorzinho, rogai por nós,
Junto de Deus levai a vossa voz!
Nós somos fracos, mas temos coração,
Vinde ajudar-nos, dai-nos a vossa mão.
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