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GCAD – Instrumentos Musicais
desde os primórdios aos aerofones mecânicos e electrónicos (concertinas, etc.)
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Ver:
GRANDE CANCIONEIRO DO ALTO DOURO
- Vol III - pg 1731 > 1774:
- Fixação da notação musical (1731)
- Canção (1747)
- Instrumentos musicais (1750)
- As danças (1774)
OBS – Apenas se transcreve uma pequena parte do texto e uma observação final relativa apenas às canções (pg 1747)
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A partir da invenção da imprensa e do esplendor dos salões, resultante da pacificação da Europa e da prosperidade colonial, reúnem-se grandes colecções de canções, cada vez mais sofisticadas poética e musicalmente.
No campo musical, a Alemanha e a Áustria desempenharam papel de relevo neste género, que aí toma o nome de Lied, sobretudo com Mozart, Beethoven e Schubert.
Em França, Fauré eleva a chanson ao nível do Lied alemão.
Com o advento do Romantismo, em Portugal, a canção perde a rigidez formal clássica, reaproximando-se das suas raízes populares.
A partir do Realismo, este género fragmentar-se-á, pois o verso livre e as estrofes assimétricas não se tornam muito compatíveis com as medidas matemáticas musicais, nomeadamente a quadratura.
Os diversos tipos de expressão musical ajudaram a uma maior diversificação das possibilidades da canção:
– Do ponto de vista erudito, por ex. na Ópera (árias, canto a solo);
– Quanto à música popular, a cançoneta (de charme, de protesto ou intervenção), a canção pop(ular)… com muitas variedades ou subespécies.
Conclusões (ver também as da Introdução do volume I):
A falta de músicas escritas é, em primeiro lugar, exponencialmente proporcional à própria falta de textos escritos.
Todas as tradições (musicais, poéticas, etnográficas, agrícolas, religiosas…) atravessavam as gerações através da comunicação oral, de pais para filhos, de geração em geração.
Em geral, só o clero sabia ler e escrever; e o clero não perdia tempo com as manifestações da música e da poesia popular, tantas vezes marginais e, até, contrárias às orientações conducentes a uma vida regrada e piedosa.
Nestas circunstâncias, foi exclusivamente a memória do povo analfabeto que pôde conservá-las em circunstâncias cíclicas da vida, tais como as festas (religiosas e profanas), os trabalhos do campo, as colheitas, os serões…
Por outro lado, acresce que a leitura-escrita, no caso específico das músicas, sempre foi difícil e reservada a poucos.
E, além disso, como vimos atrás, a notação musical normalizada apenas surge bastante depois do Renascimento, isto é, cerca de meio milénio depois da existência das cantigas galaico-portuguesas – que são sensivelmente contemporâneo de Santiago de Compostela (séc. XI).
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